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Os preços médios ao consumidor do gás de cozinha em botijão de 13 quilos continuam os mesmos no mercado formal que os praticados antes da crise no abastecimento em Uberaba. A afirmação é do presidente da Fundação Procon de Uberaba, Rodrigo Mateus Signorelli.
Preços. Conforme ele, foram registradas algumas confusões, com reclamações indicando o custo de até R$200. As situações apuradas demonstraram que na verdade este custo mais elevado é praticado para botijões de maiores volumes. Segundo ele, os valores de revenda permanecem entre R$60 e R$80, sendo que alguns locais a alteração foi com relação a valores agregados, como a entrega gratuita e/ou brindes.
Escassez. Revendedores do gás de cozinha (GLP) se reúnem amanhã (sexta, 15) com o presidente da Fundação Procon de Uberaba, Rodrigo Mateus. Na pauta, o tema central será o abastecimento do mercado, quando os empresários do setor poderão expor os motivos alegados pelos distribuidores para a escassez do produto na cidade. O encontro servirá também, para atualizar a lista dos pontos de comércio a fim de facilitar ao Procon o desenvolvimento de pesquisa similar ao efetuado com os combustíveis, informando à população onde tem a mercadoria, o valor e se há serviço de entrega em domicílio.
Mateus observa que tal segmento apresenta alguns complicadores, especialmente quanto à checagem de denúncias de abusos. É que as informações, normalmente chegam muito superficiais com o interlocutor apontando práticas irregulares ou abusivas, mas sem detalhar, por exemplo, onde estaria ocorrendo.
Abuso. Já verificado, conforme o presidente, a ocorrência do que considera prática abusiva, que é uma espécie de fila paralela não física, com reserva por telefone ou senhas com garantia de entrega do produto enquanto os que comparecem aos estabelecimentos muitas vezes ficam sem o gás ante a insuficiente quantidade disponibilizada. “A reserva é normal para alguns setores como restaurantes e hotéis, mas não para o gás de cozinha e especialmente num momento de crise no abastecimento”, afirma.
O Procon – garante Mateus – está apurando a situação, mas enfrenta dificuldades na confirmação. Um dos métodos utilizados é colocar fiscais para ligarem como consumidores a fim de verificar o trato que está sendo dado nesta questão. Levantada a prática abusiva é elaborado auto de constatação relatando o contato por telefone e detalhamento da conversa. Em seguida o fiscal vai a campo confrontar a prática. Na maioria das vezes os casos não são confirmados in loco. Até o momento apenas um estabelecimento foi autuado.
Cultura. Outro costume que se apresenta como complicador é cultural. Conforme Rodrigo Mateus, na aquisição do gás não há o hábito de exigir comprovante da compra. Além disto – completa – sabe-se que há estabelecimentos que atuam como ‘pontes’ ou ‘meros intermediários do negócio’ junto ao consumidor final. São mercearias e supermercados que cobram pelo produto e entregam um ‘vale gás’ ao cliente, mas quem faz o fornecimento concreto é o distribuidor. Quase sempre, nestes casos, o consumidor não sabe dizer de quem comprou.
Paralelo. Existe também, ainda de acordo com o presidente do Procon, muita clandestinidade e atravessadores, mas quase nenhuma informação de quem são, de onde vem? Há situações de quem levanta botijões na forma consignada junto a vários depósitos para negociação no mercado informal, mas o consumidor nunca informa a identificação do praticante do comércio em sua forma irregular.
Mateus lembra que o Procon é um órgão administrativo. E, também, que o Ministério Público tem inquéritos abertos há mais tempo. Ele acredita que a Promotoria, inclusive, enfrente as mesmas dificuldades. E finaliza lembrando que qualquer abuso deve ser rejeitado pelo consumidor e acionado o Procon.
Jorn. Gê Alves
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