10/02/2016 - Diversidade na educação pública: escola de Uberaba trabalha com alunos de outras culturas

Não há dúvidas de que a escola é um espaço em que meninos e meninas aprendem a boa convivência em sociedade e aprendem a respeitar as diferenças. Na educação municipal, além das salas de Educação Inclusiva nas escolas, com atendimento especializado, algumas escolas recebem alunos ou grupos deles de outros países e culturas, como é o caso da Escola Municipal Adolfo Bezerra de Menezes, que recebeu ontem, no primeiro dia de aula, duas crianças indianas que moravam em Bangladesh. O pai delas já trabalhava em uma empresa da cidade há três anos e conseguiu fazer uma reserva financeira para trazer a esposa e as filhas, de 4 e 5 anos.

A diretora Maria Abadia Vieira comenta que a escola cumpre com seu papel de receber essas crianças e trabalhar a diversidade de forma natural e tranquila. “A escola surgiu dentro do Hospital do Pênfigo e trabalhávamos com penfigosos. Como as famílias sabem deste acolhimento na escola, já nos procuram.

Um dos alunos que estudou na escola e tinha a doença do Pênfigo (fogo selvagem), conseguiu se formar em enfermagem e trabalha em hospital da cidade.

As meninas indianas se adaptaram bem ao ambiente escolar e a mãe também está sendo recebida na escola para entender como se dará a educação das filhas. “Essas crianças costumam aprender muito e dão bons resultados. Já tivemos aqui haitianos e temos, ainda, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), um grupo de índios, vindos do Maranhão.

“Acredito que a escola tem o papel de trabalhar e acolher toda a sociedade. Nosso papel é transformar vidas, fazer com que aquele que chega com desesperança, acredite na possibilidade de outra realidade possível, de um mundo melhor. A diferença não existe, existe pessoa com características diferentes e quem trabalha com essas crianças estará se enriquecendo. Como diz a professora Silvana Elias, secretária municipal de Educação, não somos diferentes, somos iguais com a necessidade de transformar todas as diferenças em igualdade”, finaliza.

Jorn. Monica Cussi
Comunicação SEMED

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