02/07/2015 - Piau entrega na vice-presidência da República pedido de apoio de 70 prefeitos da região em relação à Planta de Amônia e Gasoduto

Piau também comentou a nota distribuída hoje pela Petrobras. Juntamente com o secretário Altamir Rosô, prefeito prepara movimento para discutir a cobrança de ICMS das indústrias brasileiras, enquanto produtos importados, como o fertilizante, são isentos.

Cumprindo agenda em Brasília hoje (1º) o prefeito Paulo Piau foi à vice-presidência da República, onde entregou documento assinado pelas cinco associações microrregionais, que representam 70 prefeitos do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, onde pedem o apoio do presidente em exercício Michel Temer, para os projetos da Planta de Amônia (UFN-V) e Gasoduto.

“Nossa intenção era vir a Brasília com todos os prefeitos, mas como Temer está com a agenda apertada devido aos compromissos da presidência, optamos por entregar o documento. Ele é do meu partido e sabe da importância destes projetos para Minas Gerais e para o Brasil. Colocamos o real problema do gasoduto e pedimos que o presidente em exercício nos auxilie na busca de solução deste imbróglio, que na verdade é muitos mais do governo do Estado, do que o Federal”, disse.

Gasoduto – A Petrobras emitiu hoje, uma nota sobre a UFN-V, Planta de Amônia. A nota informa que “o projeto UFN-V, com aproximadamente 30% de avanço físico concluído, está suspenso. Entre os fatores que levaram a esse estágio de hibernação está o adiamento sucessivo dos compromissos assumidos pela Gasmig para construção do gasoduto que forneceria gás natural à planta. A estatal mineira não apresentou evidências de que vai construir o gasoduto no prazo e nas condições acordadas no Contrato celebrado com a Petrobras que, por sua vez, se vê impedida de assumir os riscos associados à finalização da planta sem que haja uma revisão, com a Gasmig, das condições adequadas para o suprimento de gás para a fábrica. Paralelamente à questão do duto, o mercado nacional de fertilizantes apresentou um recuo na demanda por amônia – principal produto da UFN-V. A Petrobras entende que, atualmente, o investimento na construção desse projeto, com base na relação custo–benefício, não se mostra adequado em comparação a outros negócios da Companhia”. O prefeito falou sobre a nota.

“Estamos acompanhando passo a passo este projeto, deste o nascedouro. Tanto da Planta, quanto do gasoduto. A nota é aquilo que falamos. A Petrobrás avançou, já que investiu R$ 1,25 bilhão, e é claro que o governo do Estado não sinalizou ainda com a sua responsabilidade, que é a construção do gasoduto. Portanto, uma nota que a gente já sabia, mas que é importante para esclarecer quem precisa tomar atitude, que neste caso é o governo do Estado de Minas Gerais, no que tange a construção do gasoduto”, avaliou.

Sobre o custo benefício citado na nota, o prefeito Paulo Piau lembra que produzir fertilizante no Brasil não é um negócio atrativo para a iniciativa privada. E que foi por isso que o governo entrou nesta questão, já que importamos 70% do fertilizante consumido no País. “A Estatal tem razão também e é por isso que o governo esta entrando neste negócio. Porque podia ser da iniciativa privada se tivesse atrativo, mas é claro que tem que ter desdobramento agora. Então esta atratividade para a iniciativa privada é pequena e temos que buscar a solução”, disse.

Piau lembra também que produtos importados, com o fertilizante, são isentos de ICMS, enquanto o produzido aqui paga o imposto. O que leva a uma competição desleal.